quarta-feira, 26 de março de 2014

ATÉ QUANDO VOCÊ VAI SER SACO DE "PANCADA"?

Em cartas, professores dão um basta a “mentiras e calotes” do Governador

Em cartas, professores dão um basta a “mentiras e calotes” do Governador
Indignação e  revolta com desmandos, mentiras, calotes, desvalorização profissional e autoritarismo.  Esse é o teor das cartas escritas por educadores na Aula da Cidadania realizada pelo Sintego em frente ao Palácio Pedro Ludovico no segundo dia da greve nacional, na terça-feira, 18. As cartas foram escritas em resposta a outra enviada por Marconi Perillo em 2010, quando ele era candidato e prometia investimentos na Educação e pagamento acima do piso salarial e acabou fazendo tudo ao contrário do prometido. “Não queremos bonificação e sim nossa titularidade e data base em dia”, escreveu um professor.
Em outra carta o remetente relata sua decepção e vergonha e atira: “Até o momento só vejo mentira e descaso pelas escolas públicas (...) Senhor  governador valorize nosso trabalho!”.  Tem também professor que declara que ajudou o atual governador a se eleger votando e pedindo votos para ele.  “Que pena que minhas expectativas de valorização foram transformadas em uma profunda decepção e indignação”, desabafa. Outra carta destaca a falta de infra-estrutura e os  baixos salários: “Escolas caindo aos pedaços, banheiros piores que de rodoviária, falta de dinheiro para transporte, vale alimentação e sobretudo, ausência de respeito com nossa categoria(...) Tenha atitude governador!”.
Outro educador conclui sua carta descrevendo “tristeza pela inocência de ter acreditado” e depois avalia o comportamento do chefe do Executivo goiano  e preconiza que “Sua administração foi reprovada governador”.  Outro texto ironiza o governador agradecendo por todos os seus desmandos: “Professor em nosso país não tem valor e você cumpriu direitinho essa premissa. Obrigada por retirar nossa gratificação de titularidade. Obrigada por deixar nossas escolas sucateadas. Obrigada por nos tratar com tanto descaso. Pode esperar, excelentíssimo governador...”. 
Também revoltada com o chicote carrasco do Estado, uma professora escreveu que “quero ser profissional da Educação e não servo de cabresto”.  Indignada ela continuou: “Bem pior que a ditadura é o seu governo, pois nos roubou a titularidade, foi um ano e quatro meses de pós- graduação  jogado no lixo. Não quero bônus. Quero valorização, respeito e dignidade”.  Esses são apenas alguns recados que refletem a indignação dos profissionais da Educação que querem dar um basta a um governador mentiroso ,  autoritário e caloteiro.
 A presidenta do Sintego, Iêda Leal, diz que a entidade está recolhendo as demais cartas e que estas serão entregues ao governador. Ela diz que a revolta dos educadores se explica porque “desde o início de seu mandato o governador se comporta de forma autoritária e arbitrária, agindo com total descaso aos trabalhadores em Educação impondo perdas tanto aos docentes quanto ao administrativo”.  Iêda destaca que o descaso do governador pela Educação de qualidade se evidencia nos sucessivos calotes no grupo mais especializado da categoria, os PIII e PIV,  que totalizam 96% dos professores da Rede Estadual de Ensino. Ela recorda que “em 2012 o Estado praticou a incorporação ilegal de 30% de titularidades, em 2013 e 2014 deu calote de quatro meses a este mesmo segmento na recomposição do Piso  e isso resultará ao final de seu mandato, em dezembro de 2014, em uma perdA de quase R$ 30 mil reais".

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