quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dia 7 de abril é o dia mundial da Saúde, e tão vamos cuidar dela?


No Dia 7 de Abril é comemorado o Dia Mundial da Saúde.
O Brasil tem muitos motivos para comemorar este dia porque tem um dos melhores sistema de sáude pública do mundo: o SUS
E você, usuário / usuária, tem motivos para comemorar ?

A Constituição Federal de 1988 declarou que a saúde é " um dever do Estado e um direito de todos e todas". A Constitutição Federal declara ainda que para se ter saúde é preciso ter vida digna com garantia de acesso à alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer e outros bens e serviços essenciais.

Para fazer valer este direito, foi promulgada a Lei 8080, de 1990, que cria o SUS - Sistema Único de Saúde, bem como outras leis complementares que asseguram o direito universal e igualitário de todas as pessoas às ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde.

Esta conquista só foi possível graças ao Movimento de Reforma Sanitária - movimento liderado por formuladores e defensores do SUS, desde os anos 80. Antes dessas leis os trabalhadores e trabalhadoras rurais e urbanos que não tivessem carteira de trabalho assinada eram atendidos na rede pública de saúde como "indigentes".

Passados quase 20 anos de lutas e conquistas, o SUS é uma obra-prima inacabada. No campo e na floresta, ainda estamos distante de transformar a Constituição Federal e o SUS numa realidade concreta. Dados do Ministério da Saúde e do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas - confirmam que é no campo e na floresta - em especial nos acampamentos, assentamentos, reservas extrativistas e comunidades - que se convive com os maiores problemas de saúde:
  • mortalidade infantil,
  • mortalidade materna,
  • homicídios decorrentes dos conflitos da luta pela terra,
  • endemias,
  • doenças respiratórias (sinuzite, asma, bronquite, tuberculose),
  • doenças cardiovasculares (pressão alta, derrames, infartos)
  • doenças osteomusculares (coluna),
  • doenças parasitárias,
  • condições insalubres de trabalho.
  • Em muitas casas não se tem água canalizada, banheiros e sanitários instalados, fossa séptica, coleta diária do lixo.
  • Crescente incidência de pessoas portadoras do HIV/Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis.

Diante da distância ou inexistência do serviço, da falta de transporte, do número restrito de vagas para o atendimento, da discriminação, muitos trabalhadores e trabalhadoras do campo se tratam por conta própria ou procuram diretamente uma benzedeiras ou a farmácia.

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