Assim,
nunca foi tão atual a fala de Monteiro: “Entre os mais humildes
comércios do mundo está o do livreiro. Embora sua mercadoria seja á base
da civilização, pois que é nela que se fixa a experiência humana, o
livro não interessa ao nosso estômago nem a nossa vaidade. Não é,
portanto compulsoriamente adquirido. – O pão diz ao homem: ou me compras
ou morres de fome; - O batom diz á mulher: ou me compras ou te acharão
feia. E ambos são ouvidos. Mas se o livro alega que sem ele a ignorância
se perpetua, os ignorantes dão de ombros, porque é próprio da
ignorância sentir-se feliz em si mesma, como o porco com a lama. E, pois
o livreiro vende o artigo mais difícil de vender-se. Qualquer outro lhe
daria maiores lucros; ele o sabe e heroicamente permanece livreiro. E é
graças a esta generosa abnegação que a árvore da cultura vai aos poucos
aprofundando as suas raízes e dilatando a sua fronde. Suprimam-se o
livreiro e estará morto o livro – e com a morte do livro retrocederemos á
idade da pedra, transfeitos em tapuias comedores de bichos de pau
podre. A civilização vê no livreiro o abnegado zelador da lâmpada em que
arde, perpetua à trêmula chamazinha da cultura. ”
Os que acreditam no poder transformador dos livros não poderiam deixar de parabenizá-lo neste dia.
PARABÉNS!!!
Os que acreditam no poder transformador dos livros não poderiam deixar de parabenizá-lo neste dia.
PARABÉNS!!!
Instituto Pró Livro
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