Abolição
da Escravatura - Lei Áurea
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Princesa Isabel: assinou a Lei Áurea em 13 de maio de 1888
Introdução
Na
época em que os portugueses começaram a colonização do Brasil, não
existia mão-de-obra para a realização de trabalhos manuais. Diante
disso, eles procuraram usar o trabalho dos
índios nas lavouras;
entretanto, esta escravidão não pôde ser levada adiante, pois os
religiosos se colocaram em defesa dos índios condenando sua escravidão.
Assim, os portugueses passaram a fazer o mesmo que os demais europeus
daquela época. Eles foram à busca de negros na
África para submetê-los ao trabalho escravo em sua
colônia. Deu-se, assim, a entrada dos escravos no Brasil.
Processo
de abolição da escravatura no Brasil
Os negros, trazidos do
continente
Africano, eram transportados dentro dos porões dos navios negreiros.
Devido as péssimas condições deste meio de transporte, muitos deles
morriam durante a viagem. Após o desembarque eles eram comprados por
fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e
desumana.
Apesar
desta prática ser considerada “normal” do ponto de vista da maioria,
havia aqueles que eram contra este tipo de abuso. Estes eram os
abolicionistas (grupo formado por literatos, religiosos, políticos e
pessoas do povo); contudo, esta prática permaneceu por quase 300 anos. O
principal fator que manteve a escravidão por um longo período foi o
econômico. A economia do país contava somente com o trabalho escravo
para realizar as tarefas da roça e outras tão pesados quanto
estas. As providências para a libertação dos escravos deveriam ser
tomadas lentamente.
A partir de 1870, a
região Sul
do Brasil passou a empregar assalariados brasileiros e imigrantes
estrangeiros; no Norte, as usinas substituíram os primitivos engenhos,
fato que permitiu a utilização de um número menor de escravos. Já nas
principais cidades, era grande o desejo do surgimento de
indústrias.Visando não causar prejuízo aos proprietários, o governo,
pressionado pela Inglaterra, foi alcançando seus objetivos aos poucos. O
primeiro passo foi dado em 1850, com a extinção do tráfico negreiro.
Vinte anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre (de 28 de
setembro de 1871). Esta lei tornava livre os filhos de escravos que
nascessem a partir de sua promulgação.
Em 1885, foi aprovada a lei
Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65
anos. Foi em 13 de maio de 1888, através da
Lei Áurea, que liberdade total finalmente foi alcançada pelos
negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez
a escravidão no Brasil.
A
vida dos negros brasileiros após a abolição
Após
a abolição, a vida dos negros brasileiros continuou muito difícil. O estado
brasileiro não se preocupou em oferecer condições para que os ex-escravos
pudessem ser integrados no mercado de trabalho formal e assalariado. Muitos
setores da elite brasileira continuaram com o preconceito. Prova disso, foi a
preferência pela mão-de-obra europeia, que aumentou muito no Brasil após a
abolição. Portanto, a maioria dos negros encontrou grandes dificuldades
para conseguir empregos e manter uma vida com o mínimo de condições
necessárias (moradia e educação principalmente).
CURIOSIDADES:
Quilombos
História dos Quilombos, os quilombolas, o Quilombo dos Palmares, Zumbi dos Palmares, cultura africana, formação da cultura afro-brasileira, luta dos negros na História do Brasil
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Zumbi dos Palmares: líder do Quilombo dos Palmares
História
dos quilombos
No período de escravidão no Brasil (séculos XVII e
XVIII), os negros que conseguiam fugir se refugiavam com outros em igual situação
em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas. Estes locais eram conhecidos como quilombos.
Nestas comunidades, eles viviam de acordo com sua cultura africana,
plantando e produzindo em comunidade. Na época colonial, o Brasil chegou a ter
centenas destas comunidades espalhadas, principalmente, pelos atuais estados da
Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Alagoas.
Na ocasião em que Pernambuco foi invadida pelos holandeses (1630), muitos
dos senhores de engenho acabaram por abandonar suas terras. Este fato beneficiou a fuga de um
grande número de escravos. Estes, após fugirem, buscaram abrigo no Quilombo
dos Palmares, localizado em Alagoas.
Esse fato propiciou o crescimento do Quilombo dos Palmares. No ano de 1670,
este já abrigava em torno de 50 mil escravos. Estes, também conhecidos como quilombolas, costumavam
pegar alimentos às escondidas
das plantações e dos engenhos existentes em regiões próximas; situação que
incomodava os habitantes.
Esta situação
fez com que os quilombolas
fossem combatidos tanto pelos holandeses (primeiros a combatê-los) quanto pelo governo de Pernambuco, sendo que este último
contou com os serviços do bandeirante
Domingos Jorge Velho.
A luta contra os negros de
Palmares durou por volta de cinco anos; contudo, apesar de todo o empenho e
determinação dos negros chefiados por Zumbi, eles, por fim, foram derrotados.
Os
quilombos representaram uma das formas de resistência e combate à escravidão.
Rejeitando a cruel forma de vida, os negros buscavam a liberdade e uma vida com
dignidade, resgatando a cultura e a forma de viver que deixaram na África e
contribuindo para a formação da cultura
afro-brasileira.
Comunidades
quilombolas na atualidade
Muitos
quilombos, por estarem em locais afastados, permaneceram ativos mesmo após a
abolição da escravatura em 1888. Eles deram origens às atuais comunidades
quilombolas (quilombos remanescentes). Existem atualmente cerca de 1.500 comunidades quilombolas
certificadas pela Fundação Palmares, embora as estimativas apontem para a
existência de cerca de três mil. Grande parte destas comunidades está
situada em estados das regiões Norte e Nordeste.
Os
integrantes das comunidades quilombolas possuem fortes laços culturais,
mantendo suas tradições, práticas religiosas, relação com o trabalho na
terra e sistemas de organização social próprio.
Você
sabia?
-
O decreto nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, regulamentou em todo território
nacional os procedimentos para identificação, delimitação, reconhecimento e
titulação das terras ocupadas por comunidades quilombolas. Portanto, as
comunidades remanescentes de quilombos já são reconhecidas e amparadas pela
lei brasileira. Este mesmo decreto transferiu para o Incra (Instituto Nacional
de Colonização e Reforma Agrária) a função de delimitar as terras das
comunidades quilombolas remanescentes.
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